Gripe A

Atchim!
Depois da crise, a gripe. O mundo está em alerta pelos efeitos de contágio do vírus H1N1, responsável pela chamada gripe A. Ela já chegou a 29 países, estando confirmados mais de 4 mil casos, 53 dos quais foram mortais no México e nos EUA.
Previna-se, para não ter de remediar

O FOCO da nova epidemia localizou-se no México, onde foram já referenciados 1.112 infectados pelo vírus, com 51 mortes. Dada a proximidade geográfica, os Estados Unidos da América (EUA) aproximam-se do milhar de casos, daí resultando 2 mortos. Por efeito da globalização e da livre circulação, todos os continentes, à excepção do africano, já foram afectados pela gripe A H1N1, inicialmente identificada como gripe suína. Na Europa, não se registou qualquer caso mortal e, em Portugal, a suspeita levantada sobre alguns doentes que recentemente estiveram no México não se veio a confirmar, pelo que, actualmente, o país não surge na “lista negra” da Organização Mundial de Saúde.

Explicar a doença
Caso ainda não saiba, trata-se de uma doença das vias respiratórias causada por um vírus extremamente contagioso, denominado de H1N1. Afecta indivíduos de todas as idades e, no caso de uma mutação mais grave, pode causar a morte.
A gripe foi detectada pela primeira vez entre suínos, em 1930, sendo uma doença endémica nos EUA e no México. Sobre a propagação deste vírus, que começou por afectar apenas os animais, está provado que a contaminação é feita através das suas mucosas nasais, em contacto directo com outros animais, através do ar, de águas que já estejam contaminadas pelo animal infectado, e pelos utensílios que este usa.
A transmissão do vírus dos suínos para os humanos foi detectada pela primeira vez em 1988, em Wisconsin, nos EUA, sendo do tipo H1N1. Agora, surgiu a transmissão do vírus entre seres humanos, no México.
No caso português, o director-geral de Saúde, Francisco George, referiu no passado fim-de-semana estar «menos preocupado» com a gripe A H1N1, sublinhando que «tudo indica que a virulência do vírus não é particularmente perigosa». Assegurou, ainda, que o país está «bem preparado no que respeita às respostas a dar, com todos os dispositivos activados, mas não havendo uma situação de risco acrescido».

Precauções a ter
A progressão do contágio fez, recentemente, aumentar o receio sobre a possibilidade de uma pandemia. Nesta fase, vive-se um período de alerta em todo o mundo, podendo ou não dar-se uma mutação no vírus, que leve à origem de um novo subtipo mais agressivo e, ainda, mais rapidamente transmissível entre os seres humanos.
Desta forma, se estiver num local considerado de risco, há que evitar grandes aglomerações e lavar as mãos com frequência, usando sabão. Não deverá compartilhar os mesmos alimentos com outras pessoas, bem como evitar usar os mesmos utensílios, tais como copos ou talheres, entre outros. Utilize toalhas e panos limpos. Proceda à limpeza de todas as superfícies sujeitas a contacto manual, tal como as maçanetas das portas. Cubra a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel sempre que possível. Cada lenço de papel deve ser usado uma só vez, depositando-o num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após a sua utilização. O aperto de mão, beijos ou abraços devem ser igualmente evitados. O cumprimento destas indicações é fundamental, sobretudo, para as crianças.
Os sintomas da doença são muito semelhantes aos de uma gripe comum, podendo manifestar-se através de um mal-estar geral, febre superior a 38.ºC, cansaço, dores no corpo (musculares e articulares), dores de cabeça, falta de apetite, tosse frequente e intensa, congestionamento nasal, vómitos ou diarreia. Os viajantes que regressem de áreas atingidas ou que tenham tido contacto próximo com qualquer pessoa infectada, se apresentarem tais sintomas de gripe, devem permanecer em casa e ligar para a Linha Saúde 24, disponível 24h00 por dia, através do número 808 24 24 24 e seguirem as instruções que lhes forem dadas.

Foto: D.R.
Texto de: Sandra Mendes
Publicado in Notícias da Zona

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